16/09/2024 às 16:59

Um tempo que não corre

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2min de leitura

Caxambu, Julho de 2024.

A primeira impressão é sempre a que fica. Chegamos na hora do almoço e paramos em um restaurante. As três fotos seguintes já me anunciaram sobre como seria Caxambu.


Um restaurante com caderneta, pomada desenvolvida por um local, uma senhora de blusas vermelhas almoçando sozinha envolta de uma luz linda. Eu logo perguntei para a moça que ficava na balança. Vocês tem caderneta aqui? São praticáveis? Percebi que ela não me entendeu muito bem. Não contente, ao pagar a conta eu perguntei para o senhor do caixa, então o proprietário daquele restaurante. O que é esta pomada que esta no caixa? Ele me disse: de um amigo, desenvolveu para sua esposa doente. Logo, perguntei sobre as cadernetas. E me contou que há 25 anos ele tem clientes que faz uso de caderneta, aproximadamente uns 300 clientes que almoçam todos os dias e que pagam todos direitinho. Talvez, aquela senhora de vermelho era um deles...

Eu então, já me encantei com a cidade.


Quando chegamos no hotel, foram mais surpresas. Um hotel de 1892 no centro da cidade. O mais interessante deste hotel, é o quanto a gente se sente familiar com ele. Os funcionários são todos com pelo menos 20 anos de casa. E os hóspedes também sempre voltam. Muito legal ouvir os funcionários contando: sabe aquele hospede ali, então ela vinha quando era criança, hoje vem com os filhos.


Fazendo a curadoria destas fotos, percebi que fotografei muito pouco o hotel e quase tudo. Mas, eu senti muito! Senti liberdade, senti meu filho livre indo e vindo pela cidade, pelo hotel. Eu me levei para passear sozinha pelas ruas da cidade. Eu amo, andar pela cidade que estou visitando. Achei uma galeria, conversei e comprei um quadro do artista Pedro Leal, que me contou que largou a vida de executivo para abrir sua galeria de arte e viver da arte. Nós andamos a cavalo no meio da natureza, comi pastel, tomei água da fonte, observei janelas e portas, tomei uma ducha termal, passeamos pelo parque, encontrei uma farmácia linda...



Todas essas fotos foram realizadas com o celular. Senti nessa viagem que quero comprar um câmera compacta para viajar, que fotografar despretensiosamente é alma para um fotógrafo. Que não fotografar também é vida. E que escrever este blog, narrar e fazer curadoria dessas fotos foi um aprendizado.

Obrigado Caxambu! Voltaremos!

Eu viajei com minha família, mas cada um teve sua liberdade e seu tempo nesta viagem. Acho que foi a primeira vez que isso aconteceu. Percebi, o quanto é necessário ter tempo, liberdade, não correr contra o tempo. Que não é preciso se enquadrar, se renovar para ser. O importante é se manter, preservar a sua originalidade e caminhar com o tempo que você acredita.


Abraço da Iza

#caxambu #minasgerais #suldeminas #fotografia

16 Set 2024

Um tempo que não corre

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